quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Música Profana - Acústico CAL
Concerto completo da banda Música Profana na CAL - Comunidade Artística Limiana, Ponte de Lima. 30 de Dezembro de 2011
domingo, 1 de janeiro de 2012
2012
2011 caracterizou-se em Ponte de Lima por um ano aparentemente monocórdico onde os grandes protagonistas foram sobretudo as instituições de cariz cultural que, com o crescente papel do Teatro Diogo Bernardes, pretendem recuperar hábitos numa comunidade que esteve avessa à cultura durante décadas.
Associações que procuram trazer a Ponte de Lima exemplos, ainda que à nossa escala modesta, de uma determinada forma de fazer praticada noutras localidades. De destacar o papel da Susana Luciano e o seu grupo "Dupla Face" que com a sua capacidade dinamizadora e de tornar os seus sonhos em realidade conseguiu alguns dos feitos mais inéditos do ano destacando a curta-metragem "Rasgos de Solidão".
A associação Unhas do Diabo acabou de registar a marca "RUARTE- Teatro de Rua de Ponte de Lima" depois de um primeiro evento bem sucedido e com bastante margem de progressão nos que se seguirem.
A "Comunidade Artística Limiana- CAL" conseguiu manter o seu evento anual mais carismático "Mercado das Artes" com grande dificuldades e parcos recursos mas uma forte vontade e motivação de dar a Ponte de Lima mais um evento único na região. Foram dois anos de vigorosas iniciativas de grupos de jovens que pretendem retribuir à comunidade aquilo no qual já não se reviam na política cultural e por outro lado, uma forma de se integraram de uma forma mais motivadora na sociedade. Obviamente, nem sempre esta atitude é facilmente assimilável pelos habitantes, no entanto a persistência é um valor essencial nesta prática.
De certa forma estas associações tem sido para muitos jovens limianos uma base de apoio à sua fixação na terra. Porém, isso não basta, e é com pena que vejo talentos limianos a serem obrigados a renegarem a sua terra quando poderiam ser uma mais-valia em diversas áreas num futuro próximo.
De referir outra grande instituição limiana, o Clube Náutico que tem sido uma "fábrica" de orgulho limiano e que teve em 2011 um ano de Ouro.
Leva-me a concluir que, tal como muitos municípios e sobretudo os que se perpetuam no poder, ficam demasiadamente blindados ao sangue novo e dinamizador da sua própria terra. Por ironia florescem personagens com o ego à prova de bala, bem acima do seu real valor e das suas competências.
O ano autárquico (em modo piloto-automático) ficou marcado sobretudo pelas recuperações levadas a cabo nos imóveis do Largo de Além da Ponte que irão criar uma centralidade de hospedagem interessante. O início das obras na antiga Casa da Câmara e Solar dos Barbosa Aranha. O concurso de ideias para a Sala de Espectáculos de Ponte de Lima resultou na escolha de um equipamento arquitectónicamente interessante do arquitecto Carvalho Araújo, mas de certa forma um vencedor adivinhável o que leva a questionar o valor real dos concursos de ideias em Ponte de Lima. É uma terra em que podemos admitir que nos últimos anos, em termos artísticos e de renovação dos equipamentos arquitectónicos, tem um escultor e um arquitecto que servem os desígnios do regime (e que apenas por ironia da sorte, têm qualidade).
A iniciativa Presidente Por Um Dia, um convite à cidadania vinda de políticos (e não de cidadãos) e que procurava mostrar a abertura da Câmara Municipal à intervenção dos limianos que se encontram alheados da vida pública ou preferem não intervir por alguma razão pessoal. A iniciativa parece ter sido um sucesso embora pouco frutuosa em termos de divulgação de resultados.
A crise do país e da Europa criará desafios aos jovens portugueses e limianos que acrescem aos já sentidos nos últimos anos. Ver novos mercados, trabalhar não só dentro da área em que se licenciou, ter ideias inovadoras e procurar a aceitação de 10% das pessoas contactadas será um objectivo.
Votos de um óptimo 2012 onde as dificuldades sejam uma oportunidade!
Associações que procuram trazer a Ponte de Lima exemplos, ainda que à nossa escala modesta, de uma determinada forma de fazer praticada noutras localidades. De destacar o papel da Susana Luciano e o seu grupo "Dupla Face" que com a sua capacidade dinamizadora e de tornar os seus sonhos em realidade conseguiu alguns dos feitos mais inéditos do ano destacando a curta-metragem "Rasgos de Solidão".
A associação Unhas do Diabo acabou de registar a marca "RUARTE- Teatro de Rua de Ponte de Lima" depois de um primeiro evento bem sucedido e com bastante margem de progressão nos que se seguirem.
A "Comunidade Artística Limiana- CAL" conseguiu manter o seu evento anual mais carismático "Mercado das Artes" com grande dificuldades e parcos recursos mas uma forte vontade e motivação de dar a Ponte de Lima mais um evento único na região. Foram dois anos de vigorosas iniciativas de grupos de jovens que pretendem retribuir à comunidade aquilo no qual já não se reviam na política cultural e por outro lado, uma forma de se integraram de uma forma mais motivadora na sociedade. Obviamente, nem sempre esta atitude é facilmente assimilável pelos habitantes, no entanto a persistência é um valor essencial nesta prática.
De certa forma estas associações tem sido para muitos jovens limianos uma base de apoio à sua fixação na terra. Porém, isso não basta, e é com pena que vejo talentos limianos a serem obrigados a renegarem a sua terra quando poderiam ser uma mais-valia em diversas áreas num futuro próximo.
De referir outra grande instituição limiana, o Clube Náutico que tem sido uma "fábrica" de orgulho limiano e que teve em 2011 um ano de Ouro.
Leva-me a concluir que, tal como muitos municípios e sobretudo os que se perpetuam no poder, ficam demasiadamente blindados ao sangue novo e dinamizador da sua própria terra. Por ironia florescem personagens com o ego à prova de bala, bem acima do seu real valor e das suas competências.
O ano autárquico (em modo piloto-automático) ficou marcado sobretudo pelas recuperações levadas a cabo nos imóveis do Largo de Além da Ponte que irão criar uma centralidade de hospedagem interessante. O início das obras na antiga Casa da Câmara e Solar dos Barbosa Aranha. O concurso de ideias para a Sala de Espectáculos de Ponte de Lima resultou na escolha de um equipamento arquitectónicamente interessante do arquitecto Carvalho Araújo, mas de certa forma um vencedor adivinhável o que leva a questionar o valor real dos concursos de ideias em Ponte de Lima. É uma terra em que podemos admitir que nos últimos anos, em termos artísticos e de renovação dos equipamentos arquitectónicos, tem um escultor e um arquitecto que servem os desígnios do regime (e que apenas por ironia da sorte, têm qualidade).
A iniciativa Presidente Por Um Dia, um convite à cidadania vinda de políticos (e não de cidadãos) e que procurava mostrar a abertura da Câmara Municipal à intervenção dos limianos que se encontram alheados da vida pública ou preferem não intervir por alguma razão pessoal. A iniciativa parece ter sido um sucesso embora pouco frutuosa em termos de divulgação de resultados.
A crise do país e da Europa criará desafios aos jovens portugueses e limianos que acrescem aos já sentidos nos últimos anos. Ver novos mercados, trabalhar não só dentro da área em que se licenciou, ter ideias inovadoras e procurar a aceitação de 10% das pessoas contactadas será um objectivo.
Votos de um óptimo 2012 onde as dificuldades sejam uma oportunidade!
Arquitectura Desaparecida em Ponte de Lima (X)
Esta fotografia incluída na publicação de Adelino Tito de Morais "As primeiras fotografias de Ponte de Lima e Refoios) está datada com o ano de 1862 e apontada a autoria para o fotógrafo Antero de Seabra. Trata-se de uma perspectiva mais a norte da famosa fotografia de 1858 tirada a partir da Casa de Além-da-Ponte sobre a vila.
Esta fotografia acaba por não ser tão clarificadora como a mencionada anteriormente por focalizar-se a uma certa distância do casario, estando o fotógrafo preocupado em atingir a monumentalidade da ponte medieval com os seus arcos sobre o Rio Lima (facto não conseguido na fotografia de 1858).
No entanto, esta imagem revela alguns dados curiosos:
-O casario entre a Torre de S.Paulo e a Torre da Cadeia encontra-se praticamente consolidado e semelhante ao que chegou aos nossos dias com a excepção de pontuais ampliações de pisos e o rasgo da Rua Cardeal Saraiva.
-O actual Largo da Feira encontrava-se ainda com um desenho bastante irregular de casebres com saída de serviço para o Areal.
-A fotografia oferece uma visão mais transparente sobre a forma como a ponte medieval desembocava na vila, entre a denominada casa da Ponte (onde aparece a fachada sobre o tabuleiro da ponte) e a Capela de Nossa Senhora do Rosário. Esta capela tem um anexo provavelmente posterior e que apresenta-se em balanço sobre o areal com o apoio de um pilar quadrangular de dimensões generosas. Assim o anexo libertava na sua base um dos arcos mais estreitos da ponte possivelmente utilizado como passagem sobretudo em dias de feira.
-O Largo de Camões encontrava-se em fase de construção. Apenas reconhecemos o actual Prédio da Havaneza e o Prédio em gaveto do actual Café Rio Lima. Aparentemente vemos o remate dos arcos da feira que defrontavam o areal encostando-se à muralha.
-A fotografia dá uma visão sobre o Largo das Pereiras e Rua Formosa sem alterações relevantes em relação à época actual.
-Como era apanágio no séc XIX , sobretudo na pintura, em primeiro plano dava-se preferência à demonstração de certos costumes da época, neste caso a pesca desportiva, prática que tem vindo a ganhar alguns adeptos nos últimos anos.
Esta fotografia acaba por não ser tão clarificadora como a mencionada anteriormente por focalizar-se a uma certa distância do casario, estando o fotógrafo preocupado em atingir a monumentalidade da ponte medieval com os seus arcos sobre o Rio Lima (facto não conseguido na fotografia de 1858).
No entanto, esta imagem revela alguns dados curiosos:
-O casario entre a Torre de S.Paulo e a Torre da Cadeia encontra-se praticamente consolidado e semelhante ao que chegou aos nossos dias com a excepção de pontuais ampliações de pisos e o rasgo da Rua Cardeal Saraiva.
-O actual Largo da Feira encontrava-se ainda com um desenho bastante irregular de casebres com saída de serviço para o Areal.
-A fotografia oferece uma visão mais transparente sobre a forma como a ponte medieval desembocava na vila, entre a denominada casa da Ponte (onde aparece a fachada sobre o tabuleiro da ponte) e a Capela de Nossa Senhora do Rosário. Esta capela tem um anexo provavelmente posterior e que apresenta-se em balanço sobre o areal com o apoio de um pilar quadrangular de dimensões generosas. Assim o anexo libertava na sua base um dos arcos mais estreitos da ponte possivelmente utilizado como passagem sobretudo em dias de feira.
-O Largo de Camões encontrava-se em fase de construção. Apenas reconhecemos o actual Prédio da Havaneza e o Prédio em gaveto do actual Café Rio Lima. Aparentemente vemos o remate dos arcos da feira que defrontavam o areal encostando-se à muralha.
-A fotografia dá uma visão sobre o Largo das Pereiras e Rua Formosa sem alterações relevantes em relação à época actual.
-Como era apanágio no séc XIX , sobretudo na pintura, em primeiro plano dava-se preferência à demonstração de certos costumes da época, neste caso a pesca desportiva, prática que tem vindo a ganhar alguns adeptos nos últimos anos.
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