terça-feira, 29 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
MERCADO DAS ARTES 2012
A Comunidade Artística Limiana (CAL) é
uma associação cultural sem fins lucrativos
sediada na vila de Ponte de
Lima. Esta entidade tem como objetivos a organização e
promoção de
eventos de natureza artística e cultural, dando especial destaque aos
artistas
locais. Criada em Março de 2010, a CAL tem vindo a realizar
diversas atividades como
exposições, concertos, workshops e formações, sempre abertas à comunidade e com
vantagens para os seus associados.
Em
colaboração com a autarquia local, a Câmara Municipal de Ponte de Lima,
foram
também realizados alguns eventos bem-sucedidos, relevantes para o
historial da
associação, para os artistas locais e para comunidade. O
Mercado das Artes 2010 e o
concerto do Grupo de Fadistas Limianos, entre
outros, são exemplos dessa colaboração.
A CAL tem vindo a colaborar com
outras associações locais, tanto na organização de
atividades como na
mútua promoção e divulgação.
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MERCADO DAS ARTES 2012
A 3ª edição do Mercado das Artes
visa dar continuidade ao evento que
marcou a Comunidade Artística
Limiana como entidade dinamizadora de atividades
de cariz artístico e
cultural. Esta iniciativa pretende ser uma forma de mostrar à
comunidade
o que está a ser feito em termos de produção artística, aproximando-a
assim dos artistas e das diferentes vertentes da arte, umas já
conhecidas, outras
inovadoras e com pouca projeção, especialmente a
nível local.
O Mercado das Artes
é um evento onde a arte é apresentada ao público um
pouco à semelhança
de uma mercado tradicional, onde o objetivo é fazer o visitante
tropeçar
nas peças e quem sabe comprar alguma delas. É um ótimo espaço para a
troca de experiências e para a formação de novas amizades e parcerias
entre os artistas
que vão participar. Sendo essa participação livre,
há um encontro de gerações em
que os mais novos aprendem os segredos
dos mais velhos e, por outro lado, estes
tomam contacto com as novas
abordagens e técnicas dos mais novos.
A
venda de obras é permitida mas não é obrigatória. Na edição anterior
vários
artistas venderam obras e outros receberam encomendas para a
produção de novas
peças. Este facto funcionou como incentivo para os
outros artistas menos
experientes melhorarem o seu trabalho e voltarem a
participar nesta 3ª edição.
Além disso, fez com que os autores das
obras permanecessem no local durante os
dias da exposição de modo a
poderem esclarecer os possíveis interessados,
fazendo do mercado um
sítio onde circulação de pessoas é uma constante,
de manhã até à noite.
FICHA DE INSCRIÇÃO E REGULAMENTO
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quarta-feira, 2 de maio de 2012
Areal 1993 - Identidade Perdida
Arquivo: SIPA - Sistemas de Informação do Património Arquitectónico
Simultaneamente perda de identidade e perda de oportunidade. A relutância de quem impõe objectivos de reduzir dezenas de lugares de estacionamento no centro histórico mas não admite reduzir uma centena de lugares no areal. Uma prova de que não podemos ser submissos ao automóvel; o automóvel vai para onde dissermos que vá, e o lugar escolhido foi o areal. Como é esteticamente reprovável foi necessário camuflá-lo, embelezar a envolvente deste estacionamento para que ele possa integrar-se harmoniosamente numa das mais belas frentes ribeirinhas do país. Para o efeito convidam-se escultores mais ou menos dotados (mais para o menos), que exaltem as lendas do passado e as expliquem figuradamente para que até uma criança de 4anos perceba o que o General Brutus gritava para a outra margem. Estátuas alusivas ao folclore e à vida no campo viram-se para os transeuntes do passeio do 25 de Abril reclamando para si a atenção ao invés da compacta massa automóvel que a poucos metros reluz. Foi necessário afastar o turista da proximidade do automóvel; um espaço verde com uma duplicação do passeio surgiu entretanto. Porém, o problema agrava-se com o estacionamento a extravasar pelos arcos da ponte medieval e o rio ao longe e pouco convidativo. O turista rendido, apercebe-se que não conseguirá levar na sua máquina fotográfica uma foto decente do monumento-mor da vila sem que alguma auto-caravana lhe estrague o enquadramento. As margens do rio precisam de ser limpas da vegetação selvagem causada pela má qualidade das águas e um açude mal projectado umas décadas antes. Mas sendo este espaço um areal, entre o verde e a areia, obviamente optemos pelo verde, até porque não é auto-sustentável e até precisa de uma manutenção regular de adubos e sistemas de rega.
Agora que perdeu-se a oportunidade de uma praia fluvial devidamente qualificada e invejada por qualquer terra do interior (como já aconteceu) talvez esteja na hora de pensarmos em seguir os passos de Mangualde e construir uma praia artificial num local bem longínquo do rio. Olhando para trás, o pontelimense dirá que tinha um tesouro que nenhuma localidade tinha, um extenso, limpo e luminoso areal, local privilegiado de lazer em qualquer cidade balnear, mas neste caso, no interior do país. Como a emenda foi pior que o soneto, temo que a história não seja branda com este assassinato paisagístico num mundo onde os valores culturais e identitários deveriam sobrepor-se a qualquer sonho ou capricho pessoal. Ponte de Lima bastião dos valores patrimoniais e ambientais?
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