quarta-feira, 16 de julho de 2008
Janela
Este modesto prédio situado na Rua das Neves incluído no conjunto de protecção da Zona das Pereiras em Ponte de Lima foi alvo de uma recente intervenção que lhe minimizou certas características. Como é referido na obra "Ponte de Lima- Uma vila histórica no Minho" coordenado pelo Prof. Doutor Carlos Brochado de Almeida, este prédio tinha a singularidade de ter "reciclado" uma janela dupla de feição gótica, muito provavelmente de origem medieval, num aproveitamento de uma outra moradia ou igreja. O restauro optou por rebocar na totalidade as suas paredes exteriores, sobretudo a parede da janela gótica que era formada com pedra bem aparelhada (da qual não consegui obter uma foto antiga). A janela gótica sofreu um duro golpe quando adicionaram um beiral em pedra que escondeu os seus arcos quebrados. Procedimentos que nos relembram a urgência de uma protecção mais eficaz e prioritária para uma zona cada vez mais esquecida da vila.
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1 comentário:
Dá-me a sensação que a vila tem vindo a ser descaracterizada todos os dias. Penso que a tão falada protecção urbanística e preservação do nosso património cultural tem vindo a ser grosseiramente denegrido.
A começar pelo centro da vila, temos também o loteamento da Feitosa que está a crescer desmesuradamente sem qualquer preocupação com espaços verdes, com o espaço entre os apartamentos, a sua altura...
Não vejo a serem criadas nessas zonas que podiam e deviam ser de interesse para a continuidade da qualidade de vida da Vila, serem construídos espaços para as crianças brincarem, jardins e outros espaços que dão qualidade às vilas e cidades, ou mesmo áreas residenciais. Com a excepção do parque no jardim temático em arcozelo que locais temos hoje na Vila para as crianças brincarem junto das suas casas? Isto é crescer? Isto é qualidade de vida? Isto é reordenamento do território? Ou Agora que já se fala na relação Campelo - Viana vamos permitir a construção de prédios coutinho em Ponte de Lima?
Será isto amor à Vila? Expliquem-me porque eu não consigo ver onde querem chegar. Aliás, temo muito onde isto nos possa levar.
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