sexta-feira, 30 de julho de 2010

Panorâmica





Panorâmica sobre a vila a partir do alto do cemitério. divisão em cinco postais de cerca de 1906.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A repetição de fórmulas




É frequente depararmo-nos com o sucesso de um determinado feito que colhe a aprovação generalizada do público. Tomadas de decisões ou obras felizes que nos enchem de confiança ilusória para repetir esta fórmula como garante de sucesso e conforto. No entanto, qualquer criativo apercebe-se rapidamente da perda de vigor que a exploração de um mesmo tema envolve. O ridículo apodera-se desse acto criativo ao ponto de descredibilizar o obra primeira.

É curiosa a percepção desta lógica de pensamento nas intervenções no centro histórico de Ponte de Lima. A aposta em soluções criativas e únicas que nos distinguiam perante outros munícipios foi colocada de lado para um enfoque em intervenções previamente testadas.
O caso mais pragmático será o da estatuária. O que era inicialmente um caso único que introduzia um carácter inusitado e de referência a um determinado local, transforma-se à quarta ou quinta repetição num ridiculo evento perceptível a qualquer turista.

O segundo caso será o ajardinamento do espaço público. Ponte de Lima fez um trabalho notável neste ponto, criando uma "escola" de jardineiros criativos e que têm sido excelentes embaixadores da vila. Na hora de intervir no areal a solução lógica assentou no seu ajardinamento à imagem do que acontece nos restantes jardins públicos. Soluções anunciadas como soluções de compromisso mas que inutilizam qualquer desejo de plano mais ambicioso.
O tema do areal nunca deveria ser o verde mais sim o branco, a cor tradicional deste espaço. O areal como espaço com características inusitadas num espaço urbano é uma oportunidade para introduzir variedade paisagística à vila para além do verde. A ponte medieval foi a primeira a acusar o excesso de desenho; monumento tradicionalmente assente num manto de areia que afirmava a sua leitura longitudinal.

Soluções difíceis como a resolução do areal (com ou sem autómoveis) exigiriam soluções únicas e criativas.