terça-feira, 15 de dezembro de 2009

mobiliário urbano e espaço público



O horror ao vazio é uma constante vulgar e um dos preconceitos mais difíceis de contrariar. Sendo o centro histórico de Ponte de Lima um produto de intervenções várias que lhe conferiram um nível acabamento razoável, tem sido díficil saber quando terminar a "pintura do quadro". Por outras palavras, tem sido difícil resistir a mais uma pincelada no quadro, resultando quase sempre numa "mancha". Porém, no que diz respeito ao espaço público referente a praças e ruas movimentadas, o excesso de informação nunca foi benéfica já que retira unidade e leitura espacial e porque introduz obstáculos a um espaço que se quer de fruição saudável e contemplação do património construído. A adicção de elementos vegetais são sempre de salutar, no entanto nem sempre a sua localização respeita o enquadramento tradicional dos monumentos, perturbando a médio e longo prazo a sua visibilidade e desviando o olhar do essencial; neste caso, de um património ancestral. É o caso da Porta Nova, única sobrevivente do sistema muralhado e que actualmente se esconde entre plantas.
Os elementos urbanos são objectos e materiais que se utilizam e se integram na paisagem urbana e devem ser compreensíveis ao cidadão. O conceito de mobiliário urbano pode gerar equívocos se o restringirmos à ideia de mobiliar ou decorar a vila. Contrastando com o excesso de zelo no tratamento do espaço público da vila, a expansão urbana da vila continua deficitária em relação a um espaço público que deveria ser mais amável ao cidadão.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Victor Mendes critica impacto social e ambiental dos traçados do TGV

Notícia do Público

AAPEL (Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana)


Centro de actividades Ocupacionais Freiria - Arcozelo
Projecto: André Rocha e Paulo Afonso

A Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana (AAPEL) surge do esforço voluntarioso de um grupo de professores e educadores que, movidos pela constatação das fortes carências no concelho no tratamento de pessoas com deficiências diversas, moveram-se no sentido de criar uma estrutura institucional e instalações físicas que possam albergar este tipo de pessoas especiais.
Na carta de apresentação da AAPEL, a direcção apresenta-se desta forma:


"Através de um já longo percurso pelas instituições escolares e não só, fomos-nos dando conta da existência de um grande número de crianças e adolescentes com diferentes tipos de deficiência que, fruto da política de integração no ensino regular, cumprem, dentro do possível, o horário curricular.
Apesar das suas dificuldades e condicionantes, o período correspondente à escolaridade obrigatória permite a estas crianças usufruir de um conjunto de actividades estimulantes que irão desenvolver as suas áreas fortes e levar a um certo nível de autonomia.

O problema surge quando os alunos portadores de multideficiência, atingem o fim da escolaridade obrigatória. Colocam-se então várias questões:
  • Onde é que podem dar continuidade ao trabalho iniciado na escola?
  • Que condições têm as famílias para poderem ajudar os filhos no seu desenvolvimento?
  • Que ajuda têm as famílias para suportar condignamente a responsabilidade de uma criança deficiente profunda?

Foi a reflexão sobre esta situação que nos impeliu para a constituição de uma Instituição Particular de Solidariedade Social, que pudesse responder às necessidades desta população.
Assim surgiu a Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana — AAPEL

Como objectivos temos, inicialmente, a formação de um Centro de Actividades Ocupacionais. Neste espaço serão realizadas actividades adaptadas às diferentes condições dos utentes. Pretendemos fazer acordos com outras Instituições, de forma a garantir uma ocupação plena do seu tempo, nomeadamente nas infra-estruturas desportivas, culturais, terapêuticas e de lazer.

Sabemos que há crianças, jovens e adultos, por todo o Concelho de Ponte de Lima a quem esta Instituição será de grande utilidade. Também as suas famílias necessitam deste apoio para que possam libertar-se um pouco da tarefa que tanto tempo e dedicação lhes ocupa, e consigam viver um pouco para si.

Estamos certos de que este é um dos caminhos para a melhoria da qualidade de vida de uma sociedade, em destaque, estas Pessoas tão Especiais que merecem de todos nós apoio, uma vez que tantas lições nos têm dado pela vida fora.

Estando este projecto ainda em fase burocrática, é importante o apoio de todas as Entidades e Particulares que, de uma ou outra forma, possam ajudar a abrir caminho, para que rapidamente, se passe à fase prática e funcional."

Neste momento encontra-se em processo de licenciamento o projecto de reconversão da Antiga Escola da Freiria em Arcozelo para um Centro de Actividades Ocupacionais que dotará Ponte de Lima com um equipamento de excelência no tratamento e inclusão da pessoal especial limiana na sociedade.

Se desejar tornar-se sócio desta associação visite o seu blogue AAPEL

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

TGV-duas alternativas




Como optar entre dois traçados igualmente danosos para o concelho de Ponte de Lima? Não discutindo a pertinência do projecto a nível nacional, será mais oportuno neste momento debater em pormenor o real impacto sobre o território limiano. Optar pela pelo traçado mais vantajoso em termos das politicas futuras de ordenamento do território, turismo, expansão da zona urbana ou de relacionamento com o litoral são tópicos que deverão ser clarificados urgentemente de forma ao município ganhar tempo para discutir questões de detalhe como túneis, viadutos e o seu enquadramento com o património construido e onde Ponte de Lima surge no topo dos concelhos afectados.


Altenativa A
- É o traçado que segue quase intercaladamente o percurso da auto-estrada A3. É uma solução menos favorável no que diz respeito a expropriações e tem como factor sensível o facto de atravessar freguesias urbanas da vila como Ribeira, Arca, Fornelos e Arcozelo. Sacrificará alguns centros de concentração de populações rurais como são os espaços circundantes de igrejas. Esta será porventura a alternativa mais favorável para o concelho devido à concentração de corredores de circulação (A3 e TGV) apesar da ingratidão da sobrecarga de algumas freguesias que já passaram por uma experiência semelhante com a A3 e que vêem mais uma vez os seus interesses condicionados em nome de todo o concelho. Outra questão sensível será o impacto paisagístico do viaduto sobre o Rio Lima. Este processar-se-á a jusante do viaduto da A3 e portanto mais próximo do centro histórico. Será necessário avaliar o impacto visual que esta obra provocará em locais dentro do centro histórico. A ser escolhida esta alternativa o município deverá seguir de perto a orientação desta peça de engenharia.


Alternativa B
- Tem como vantagem técnica a morfologia do terreno e um regime de expropriações mais leve. No entanto, o que ressalta desta alternativa é o duro golpe no corredor ecológico compreendido entre o Rio Lima e a Serra de Arga afectando a Área Protegida das Lagos de Bertiandos/S. Pedro de Arcos assim como a Casa e Quinta da Laje, imóvel classificado. A forte aposta na última década nesta zona poente do concelho como referência na protecção de uma área de grande relevância paisagistica, ruralidade e bucolismo ficará condicionada. Esta alternativa significa também o corte do concelho através de dois corredores viários que isolarão o centro histórico e zona urbana da vila.


A passagem do TGV, tal como a A3 há cerca de 15 anos, marcará violentamente a paisagem e desta vez com a agravante de não existir um benefício directo para o concelho. Impõe-se um empenho e determinação reforçadas na escolha das opções e sobretudo um acompanhamento próximo
na fase de projecto final do traçado de forma a suavizar o maior número de casos danosos pelas freguesias.

Links: Cartografia
Resumo não técnico

Ponte de Lima 1963 (V)








Sequência de vídeo retirada do documentário da RTP sobre Ponte de Lima inserida na série "Terras de Portugal" de 19
63
Direcção e realização do jornalista limiano Reinaldo Varela.

Música: Johann Johannsson - Melodia (I)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Arquitectura desaparecida em Ponte de Lima (VII)


até 1950

actualmente

O prédio que fazia o gaveto do Largo de S.José com a Rua Inácio Perestrelo sofreu com a política de realinhamentos urbanos que na primeira metade do século passado procuraram redesenhar alguns perfis de ruas do centro urbano. Era um edifício claramente voltado para o Largo de S.José como denota a nobreza da fachada de vão simétricos, cantarias sólidas e varandas suportadas por mísulas. Esta fachada típica do séc. XVIII rematava o perfil da Rua da Abadia com a mesma linguagem arquitectónica caracterizada por varandas de ferro com um certo lavor artístico, neste caso pelo desenho de harpas nas guardas. No entanto, esta fachada tinha no seu desenho um certo ar de palacete urbano atribuindo ao largo adjacente a dignidade que um espaço público de confluência exige. O prédio tinha 3 pisos sendo o último muito provavelmente uma adicção posterior. Por outro lado, a fachada que se volta para a Rua Inácio Perestrelo tem um carácter secundário, de maior pobreza de desenho, com vãos dispostos com uma geometria pouco clara. O constraste entre o cheio e o vazio entre vãos e a solidez das paredes denuncia uma ancestralidade anterior à era de setecentos e talvez a origem do prédio seja contemporânea do
prédio dos Marinho Pinto também demolido na mesma rua. Este edifício tinha uma implantação que difere do actual prédio construído nos anos 50 do séc.XX. O antigo prédio ocupava parte do Largo de S.José e direccionava o fluxo da rua da Abadia para a Rua Beato Francisco Pacheco provocando um ligeiro alargamento da Rua Inácio Perestrelo. O prédio foi demolido no final da primeira metade do século passado e as fotos aqui apresentadas registam os primeiros momentos das obras de demolição, já sem as caixilharias e os operários no topo do prédio. Está patente a preocupação do autor das mesmas em fixar um momento urbano que pela sua centralidade não passaria despercebido na vida quotidiana da vila. No seu lugar emergiu outro prédio de escala exagerada, construida com acabamentos que não fazem a ponte com o restante casario e que, em conjunto com o prédio vizinho (actual BPI), ambicionou marcar com uma nova imagem simbólica de uma modernidade ingénua mas bem presente nas vilas e cidades do país e que Ponte de Lima não quis permanecer alheada.

Fontes: Ponte de Lima-Uma Vila Histórica no Minho, p.267
Revista Arquivo de Ponte de Lima

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ponte de Lima (dia de cheia em 1947)

Passeio 25 de Abril

Rua do Rosário


Fotos: Arquivo Família Vieira Lisboa_Casa da Freiria

Conditions Magazine


Conditions Magazine é o nome de uma revista escandinava de cariz mais teórico e que tem como objecto de estudo a discussão de temas ligados à arquitectura e urbanismo. Pretende integrar-se num segmento do mercado editorial no campo da arquitectura que tem vindo a ser subestimado com o excessivo culto da imagem. É uma revista que propõe-se discutir de raíz temas oportunos e assim encontrar novas estratégias que se adaptem a esta sociedade em evolução contínua. É com orgulho que vejo entre os três editores e fundadores desta publicação a jovem limiana Joana Sá Lima em conjunto com Tor Inge Hjemdal e Anders Melsom. Encontra-se neste momento no seu segundo número e pretende ter uma média de quatro publicações anuais.

sábado, 3 de outubro de 2009

Praia Fluvial



Após a construção do açude, infra-estrutura estanque que não previu na época uma necessária renovação do curso das águas, a percepção de que a Praia do Arnado deixaria de ser uma realidade fez-se notar. A subida do nível das águas provocada por esta represa aniquilou gradualmente com o lençol de areia que propíciava uma adequada zona de banhos na bifurcação do Rio Labruja com o Rio Lima. O investimento realizado nesse local teve assim um curto período de vida. Associado à perda de qualidade das àguas e da areia das suas margens, Ponte de Lima perdeu o mais importante foco de lazer dos jovens limianos durante os meses de verão e perdeu também umas das melhores praias fluviais do país. As condições ambientais mudaram, as características do rio não permitem neste momento a recuperação deste bem nos locais tradicionais. Porém, a avaliar pela recente fixação dos banhistas, uma nova zona tem sido priveligiada a jusante do açude. Neste local o rio retoma o seu curso normal com a sua corrente de água renovada pelo galgar do açude e detém um areal razóavel. O assumir desta zona como praia fluvial é oportuna. Para isso torna-se essencial a revisão de um novo açude que permita descargas regulares eliminando a sedimentação de detritos no fundo das águas e que seja uma mais-valia para o extraordinário posicionamento do clube náutico em termos de resultados. O açude poderá integrar uma ponte pedonal que permita a passagem entre margens e dinamize a alameda a poente da Igreja Nossa Sra. da Guia e incentive um percurso pedonal a 360º entre as pontes. O areal deverá ser limpo e equipamentos de apoio aos banhistas deverão acompanhar esta intervenção. A ligação e dinamização das margens neste local libertaria o açude do abandono acelerado. As represas são na generalidade locais de grande afluência turística devido ao espectáculo provocado pelas águas. Devem ser por isso um grande foco de dinamização turística. Infelizmente não foi o sucedido em Ponte de Lima, resta a oportunidade.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Além da Ponte




Apesar de pouco digna de menções, esta estreita rua entre a Rua Conde da Barca e o Largo Alexandre Herculano não deixa de surpreender pelas suas inusitadas características. Pouco atravessável, esta rua da qual não consegui apurar a sua toponímia, apresenta várias curiosidades. Um sólido muro denunciando óbvia ancestralidade remata a rua a norte e permite o acesso à rua que corre a uma cota superior. A sua estreiteza comparativamente à altura dos prédios que confrontam esta rua exponenciam a sua verticalidade. O fechamento existente a norte atribuiu um carácter privado, de fortes relações de vizinhança. É um espaço que faz a transição entre uma realidade de concentração urbana existente no centro histórico com a presença mais rural de Arcozelo. No entanto, a relativa modéstia das suas construções apostando em varandas corridas no último piso e a diferença cromática associada às particularidades do espaço público da rua remetem para uma realidade urbana que é mais típica das cidades e vilas do sul de Portugal e Espanha, onde o desenho do casco antigo tem fortes raízes no urbanismo muçulmano.
A sul esta rua desemboca num largo de pequenas dimensões pontuado por um fontanário e ladeado por construções de arquitectura popular e cujo bom gosto das recuperações tem vindo a restituir a dignidade que este espaço merece.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fontes e Fontanários




Ponte de Lima é rica em fontes e chafarizes espalhados pelo território. No entanto sofrem de dois males. Por um lado a qualidade das águas (mais de metades destas fontes de água estão impróprias para consumo) e por outro lado, a quantidade da água que é jorrada pelas bicas. Veja-se o caso do chafariz do Largo de Camões que parece ter perdido o vigor com que se processa o sentido descendente entre os vários patamares (para não falar da falta de limpeza). O outro caso será o da Fonte da Vila; seria interessante colocar as bicas laterais a funcionar. O efeito seria francamente exponenciado. Para um centro histórico que sofre tanto nos meses de Verão com a falta de humidade, estes pontos de água seriam essenciais para introduzir alguma frescura.


Sobre este assunto: Tempo Cativo

sábado, 29 de agosto de 2009

Arquitectura contemporânea em Ponte de Lima (III)




Restaurante Sto. Ovídio
Traços D´arq - arquitectura


Rua Além-Ponte

Nota

Tenho sido abordado pelo facto de pertencer à Comissão de Juventude da candidatura de Victor Mendes. Sempre assumi-me com uma postura independente em relação a partidos e foi desta forma que aceitei integrar esta comissão de aconselhamento. Nunca me privei de trocar impressões com qualquer elemento pertencente a algum partido da oposição sempre que me foram solicitadas, por acreditar que qualquer proposta que melhore a qualidade de vida em Ponte de Lima não deve ser patenteada por algum partido como se de um trunfo clubístico se tratasse. Todas as intervenções presentes neste blogue foram tratadas como "chamadas de atenção" ao executivo perante orientações com as quais discordo, elucidando o público para outras formas de agir, e sempre que possível apresentar soluções. As intervenções têm sido feitas a título pessoal , daí nunca ter sido um blogue ao serviço partidário. A minha postura tem sido ao serviço de uma Ponte de Lima melhor e aceitei o convite num espírito de aconselhamento perante causas em que acredito dentro da minha área de especialização. Em relação à política seguida por este blogue, devo acrescentar que, não deixarei de exercer o meu dever de cidadania opondo-me a determinadas estratégias seguidas pelo actual executivo camarário (caso do Bar do Arnado, areal, passeio e estatuária) e assim pretendo continuar até sentir legitimidade para tal e a minha consciência assim o ditar. Se me questionam se pertencer à comissão de juventude da candidatura do CDS/PP é compatível com a minha postura muito crítica em relação ao actual executivo, não será certamente incompatível com o desejo de contribuir para um concelho melhor, mesmo que para ter alguma voz tenha de assumir a integração num determinado grupo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Arquitectura desaparecida em Ponte de Lima (V)

até 1927

actualmente

O aspecto mais curioso destas imagens será a existência até 1927 de um sólido fontanário acoplado à empena de uma modesta casa que chegou aos nossos dias embora com a sua aparência exterior profundamente reformulada.

Casa na Rua do Mercado

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mercado do Gado - Arq. Carvalho Araújo

O Mercado de Gado projectado pelo arquitecto José Manuel Carvalho Araújo no programa da RTPN Arquitectarte

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Passeio (I)


É difícil resistir a publicar esta fotografia de meados dos anos 20 do século passado no momento em que o monumento de homenagem ao folclore começa a assentar os seus alicerces em frente do mercado municipal.
Ao observarmos atentamente a fotografia do Passeio 25 de Abril podemos constatar que toda a linha de paredão estava claramente desenhada como uma peça essencial na divisão daquele espaço natural, que é o rio e o areal, do espaço urbano construído que corresponde ao casario da vila. As rampas eram os únicos elementos mediadores destes dois espaços. Para além disto, este talude em pedra enquadrava a panorâmica da vila desde a capela de S. João até o outro extremo rematado pela Capela de Nossa Senhora da Guia. De certa forma apresentava-se como uma "base" onde a vila assentava. Infelizmente, nas últimas décadas foram sendo adicionadas demasiadas peças defronte dessa linha que acabaram por esconder esta característica. Refiro-me às novas linhas de árvores paralelas à avenida de S.João, Pelourinho, espaços verdes, assoreamento e nova estatuária. O próprio micro-clima gerado por estes elementos naturais modificou-se; hoje é um espaço extremamente seco. Reparamos também que todo o passeio ribeirinho era um espaço bucólico, de contemplação do rio, ponte e toda a paisagem envolvente. Como qualquer vila ou cidade da província em pleno séc. XIX, era uma vila melancólica. Se esta característica não deixa saudades no estado de espírito da comunidade, o contrário não se aplica ao primôr com que era desenhado o espaço público nesta época. O "espírito do lugar" é algo difícil de classificar e até de preservar tal é a sua subjectividade. No entanto, podemos concluir que Ponte de Lima, apesar do folclore ter fortes raízes, nunca foi uma vila "folclórica".

terça-feira, 14 de julho de 2009

Conferência

Conferência de Jovens Arquitectos Premiados Internacionalmente

O ciclo de conferências, comissariado por Cristina Veríssimo, realiza-se no âmbito das celebrações do encerramento do 10.º aniversário da Ordem dos Arquitectos e tem lugar no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, em Lisboa, nos dias 9, 16 e 23 de Julho.


Com esta primeira edição do ciclo pretende-se demonstrar a existência de um crescente interesse e participação dos nossos jovens arquitectos em
concursos e prémios de carácter internacional, cujos resultados têm sido gratificantes para a promoção e divulgação da mais jovem arquitectura portuguesa.

Os arquitectos António Ildefonso e André Rocha apresentarão no dia 23 de Julho às 19h o projecto da creche premiada em Itália.


Links: alinhamento

Traços d´arq


Foi lançado recentemente o site do Atelier Traços d´arq, um jovem gabinete que de forma muito consistente tem trabalhado no sentido de dotar o concelho com uma arquitectura capaz de respeitar a memória do nosso património construído. A arquitectura associada à disciplina de um pensamento sobre o território é um bem cada vez mais necessário em Ponte de Lima.

domingo, 28 de junho de 2009

Ponte de Lima 1963 (IV)






Sequência de vídeo retirada do documentário da RTP sobre Ponte de Lima inserida na série "Terras de Portugal" de 1963
Direcção e realização do jornalista limiano Reinaldo Varela.

Música: Aphex Twin - Avril 14th

Citação

"O areal tem, actualmente e do meu ponto de vista, na forma geral da vila uma função essencial: permitir a entrada de ar e de luz, permitir a respiração, e, dessa forma, suscitar a compreensão de um certo telurismo que justifica muitas das características de Ponte de Lima. Nessa medida, o areal deve ser sempre simples areal, um espaço público que nos permita fruir os elementos naturais, o casario, a ponte, o horizonte, as montanhas e o céu, sem intrusões visuais significativas ou intervenções que nos façam esquecer todo o espaço envolvente. Um areal, assim entendido, valoriza o edificado, dando-lhe monumentalidade. Um areal, assim sem outra função, reconduz Ponte de Lima às suas origens."


José Carlos de Magalhães Loureiro
in Anunciador das Feiras Novas

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Património


Na última semana foi inaugurado o monumento evocativo da Lenda do Rio Lethes- Rio do Esquecimento nas margens do Rio Lima em pleno centro histórico. É uma obra "malfadada" desde os primeiros movimentos de terra no areal que faziam adivinhar a sua inusitada implantação em local historicamente reservado à inconstância das águas. Um grave erro facilmente perceptível neste primeiro passo da obra. O segundo passo materializado na colocação da estatuária fez jus às piores expectativas. O tradicional enquadramento paisagístico da ponte medieval e casario com o seu ar bucólico sofre um duro golpe com este "ruído" naquele imenso vazio do areal. É certo que esta lenda já estava, e muito bem, representada num painel de azulejos em espaço nobre (numa das esquinas do Mercado Municipal), baseado numa bela tapeçaria de Almada Negreiros presente num Hotel de Viana. Desta forma, este novo monumento apenas pretende recalcar e reivindicar a lenda para o actual local. Esta insólita intervenção no areal , pousando uma base de betão para acolher arte figurativa abre um precedente grave neste espaço eminentemente moldado pela natureza justificando acções futuras. Por outro lado, o facto de não estar inserido num plano mais abrangente de requalificação do areal condicionará a longo prazo esta mesma proposta. Em declarações ao Jornal Alto Minho o presidente da autarquia afirmou que este monumento pretende mostrar que Ponte de Lima é também uma vila românica (existiam dúvidas?) e que estas imagens "coloridas" irão espalhar Ponte de Lima pelo mundo (é este o postal que queremos transmitir?). As intervenções sem o devido aconselhamento e baseadas no gosto popular correm o risco de infantilizar uma ideia nobre e sobretudo não terem a capacidade de resistir ao teste do tempo. O ambicioso Plano de Valorização das Margens do Lima; um projecto meritório que marcou o início da presidência de Daniel Campelo na Câmara Municipal e que de uma forma correcta e saudável colocou os limianos a discutir uma orientação a longo prazo para o centro histórico parece pertencer ao passado. A realidade é que muito do proposto nesse plano foi construído e Ponte de Lima beneficiou de intervenções desapaixonadas mas simultaneamente sensíveis à paisagem e estrutura urbana da vila. Refiro-me a obras como o centro náutico, pousada de juventude, Festival de Jardins, mercado do gado e mercado municipal assim como o novo posto de turismo que, embora sub-aproveitados e controversos, foram amplamente divulgados fora do país em publicações da especialidade que potenciaram um novo turismo apreciador de arquitectura contemporânea e de novas abordagens ao património em centros históricos. Atitude corajosa por parte do município que não enveredou pelo caminho mais cómodo da mediocridade. No entanto, as últimas intervenções no espaço urbano, apesar de rápidas, denotam claramente a pobreza de discussão pública e sobretudo um esquecimento de saberes disciplinares de urbanistas, designers, arquitectos e escultores devidamente qualificados e que em parceria deveriam ser os actores de um palco sensível como é o centro histórico de Ponte de Lima. A dura realidade é que o turista culto sabe distinguir o património real do património postiço.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Arquitectura desaparecida em Ponte de Lima (IV)

até 1972

actualmente

Cito um texto publicado na revista Arquivo de Ponte de Lima de 1982 por João Gomes d´Abreu sobre a demolição da Casa dos Pacheco Pinto:


"A fotografia que se apresenta na primeira posição (...) constitui o único testemunho iconográfico que conhecemos da velha casa dos Pacheco Pinto, à Fonte da Vila. Foi conseguida à custa da ampliação de um bilhete postal ilustrado, por se terem gorado todas as diligências para obter uma fotografia original que enquadrasse aquela casa. Ninguém tinha, ninguém sabia quem pudesse ter. Daí, a falta de qualidade da fotogravura.
A casa dos Pacheco Pinto era, sem dúvida, um dos imóveis mais expressivos do velho casco urbano. De raiz quinhentista bem evidente (cantarias, registos epigráficos em gótico tardio) era, contudo, o séc XVII a época que mais transparecia (volumetria, proporção de cheios e vazios, tipo de fenestração, cornija e gárgulas, pedra de armas, o cunho popular) passem, embora, as intervenções sofridas posteriormente, em particular os tectos barrocos revelados em caixotões de madeira policromada. Hoje não tenho dúvidas em afirmar que essa destruição constitui um dos golpes mais violentos vibrados nos últimos anos no acervo patrimonial da vila. Em nada se desemerece se a compararmos se a compararmos com a brutal demolição da casa do Patim, ou da dos Achiolis (ao Arrabalde), ou até do Hospital Velho da Misericórdia. E se estas desaparecem numa época menos que insensível à noção de património arquitectónico e à necessidade da sua conservação, aquela foi desfeita quando esta noção constituia já uma preocupação dominate de qualquer país civilizado (e Portugal era-o!). E, pior ainda, foi permitida a sua substituição por um edifício sem qualidade, concebido sem preocupação de escala e que alterou profundamente a hierarquia da estrutura urbana existente. Os valores admitidos dos indíces volumétricos e de ocupação do solo, conferem-lhe uma importância que o ultrapassa e forçam a uma situação de subalternidade os edifícios vizinhos, em particular a velha câmara e o pelourinho que perdem a promeninência, apesar da dimensão do espaço livre envolvente. Em 1970, perante a iminência da demolição, uma ilustre Senhora que, há 83 anos vinha assistindo à transfiguração constante da sua terra, escreveu, apreensiva, ao Director Geral dos Serviços de Urbanização, solicitando urgente intervenção. A resposta não se fez tardar. A 5 de Janeiro de 1971 a Direcção de Urbanização do Distrito de Viana do Castelo enviava o seguinte ofício (Ofº 19 - Proc.º U/7):

Exma. Senhora
D. Maria Rita Magalhães de Abreu Coutinho
Casa do Chafariz

PONTE DE LIMA


[...]

Relativamente à carta de V. Ex.ª dirigida ao Exmo. Engenheiro Director-Geral destes Serviços, informa-se que superiormente foi determinado esclarecer V. Ex.ª do seguinte:

-Reconstrução de um prédio particular-

Depois de termos obtido pareceres de técnicos sobre o interesse da casa a demolir, referida na carta de V. Ex.ª, verificou-se que a mesma não tem qualquer interesse arquitectónico, e que se encontra em mau estado, ameaçando ruína.
O novo edifício pode ser construído com uma cércea mais elevada, ou seja, três pisos, que se harmonize com os contíguos, e a sua arquitectura poderá enquadrar-se devidamente no ambiente do local.
[...]


Este ofício, que não se comenta, deve ficar registado neste local. Assim, fará também parte do património histórico de Ponte de Lima.
"

João gomes d´Abreu (engenheiro civil-urbanista)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A arte de fazer património em Ponte de Lima


É de um puro provincianismo este tipo de obras num espaço que deveria ser restituído ao seu carácter natural de areal. Ponte de Lima desvirtua desta forma um dos seus elementos naturais mais marcantes e do qual deveria orgulhar-se. Há 20 anos qualquer limiano ridicularizaria qualquer tipo de intervenção neste espaço lembrando que a subida do rio encarregar-se-ia de fazer a sua justiça reclamando o seu território. Hoje a autarquia já não pensa no areal como um areal mas sim como um espaço a servir como o estacionamento da vila por excelência argumentando que a saída do parque automóvel deste espaço seria a "machadada" final no comércio. Na realidade a "machada" foi dada recentemente ao eliminar-se o estacionamento nas artérias do centro histórico. Quem vai à Figueira da Foz ou Matosinhos e passeia na marginal observando ao seu lado o vazio que aquele imenso areal provoca, olha para ele como uma oportunidade de lazer e enquadramento paisagístico. Ponte de Lima era detentora de uma característica única em Portugal senão mesmo a nível europeu: um imenso areal fluvial que resistiu à vontade de nele pousar qualquer elemento construtivo. Os concursos de ideias ficaram de lado, urbanistas, arquitectos e designers já não têm voz nesta vila que faz obras sem consulta popular. No último ano tudo é avisado com uma semana de antecedência ou então somos confrontados com as obras
in loco. Projectos globalizadores não existem e tudo é feito pontualmente e com um gosto bastante discutivel. É o caso desta obra que considero dos maiores atentados à paisagem do centro histórico. Um monumento que faz lembrar as obras históricas do regime do Estado Novo, uma espécie de Padrão dos Descobrimentos à beira lima plantado. É a arte de "fazer património" em Ponte de Lima. Primeiro, um pelourinho que se implanta discutivelmente entre as rampas do areal, agora uma rampa que se prolonga em jeito de avenida e a seguir uns cruzamentos construídos em paralelo a cruzarem o areal. Devem seguir-se umas plantações de árvores e quem sabe uns candeeiros, umas bicas de água para a feira, uns canteiros de flores labirínticos et voilá, os limianos acabaram de perder a memória do velho areal que permaneceu virgem durante séculos. Um espaço ecológico em pleno centro histórico que não merecia menor protecção do que a que foi dada às Lagoas. A batalha por devolver o areal aos limianos está assim irremediavelmente perdida por incúria e caprichos de autarcas que em poucos meses foram iluminados com dotes e competências de urbanistas.
Para terminar, lanço um palpite para a nova estátua de bronze a implantar no centro histórico...um diabo a cravar as unhas numa pedra.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ponte de Lima 1963 (III)




Sequência de vídeo retirada do documentário da RTP sobre Ponte de Lima inserida na série "Terras de Portugal" de 19
63
Direcção e realização do jornalista limiano Reinaldo Varela.

Música: Max Richter - Written in the sky

segunda-feira, 4 de maio de 2009

S. Cristovão de Freixo





A Ermida de São Cristovão em S.Julião de Freixo situada no alto do monte com o mesmo nome do santo merece visita obrigatória. É uma pequena ermida do séc. XVII embora a sua origem remonte para séculos anteriores. Formalmente é bastante simples, com parcas aberturas mas sobressaindo um volumoso friso granítico que remata a sua forma cúbica.
Tal como outras capelas características de montes ermos como Santo Ovídio e São Lourenço da Armada, são construções que assumem um ar quase fortificado e muito medievalizado protegendo-se contra o vandalismo e as duras condições atmosféricas a que estão sujeitas. Existem relatos de pastores de S. Lourenço que no séc. XIX arrombavam as portas da ermida para aí colocarem os seus animais à sombra. São ermidas que abrem as suas portas apenas na festa anual dedicada ao santo. Na Ermida de São Cristovão de Freixo os problemas de segurança foram resolvidos de uma forma curiosa: a construção de uma cerca murada em jeito de muralha circular forma uma cintura de protecção à ermida e que corre muito próxima das suas paredes. Dois postigos permitem o acesso através desta cerca murada e que criam uma forte expectativa na aproximação à capela, delimitando claramente o adro religioso do exterior denso de arvoredo. Uma relíquia no concelho.

fotos: Teotónio Pereira, 2007, http://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?wp=GC14KMR

quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Musica Profana"



"Musica Profana
" é um projecto musical de Ponte de Lima em formação por Daniel Moreira e Catarina Lima e que se apoia fortemente no imaginário ancestral das lendas populares ou no período dos Descobrimentos e todo o misticismo que a poesia fomentou. Deixo uma breve descrição dos próprios:

O projecto Música Profana, oriundo de Ponte de Lima, nasce do desejo do seu fundador Daniel Moreira em aliar o Metal a elementos da música Tradicional e Folk. O peso caracteristico do Metal é cortado por sons de concertinas e gaitas de foles, assim como pela voz feminina. A baixa afinação proporciona uma base instrumental sólida que contrasta com as melodias e instrumentos agudos. Inteiramente cantadas em português por Catarina Lima, as canções baseiam-se em Mitos, Lendas e feitos históricos do povo português. O tema "Mostrengo" adaptado do poema de Fernando Pessoa (Mensagem) refere-se ao encontro mitológico que os nossos descobridores tiveram com Adamastor, já o "Mensageiro da Névoa" é inspirado no mito de D. Sebastião. "Pieira dos Lobos" é uma lenda da zona de Ponte de Lima e o "Canto do Poeta" (tema acústico) não tem qualquer base mitológica, podendo-se considerar uma homenagem à poesia.

domingo, 26 de abril de 2009

Madalena Martins

Boletim municipal
Mascote Feiras Novas

A designer Madalena Martins será porventura das artistas limianas mais subestimadas. O período de maior fulgor da última década autárquica confunde-se com as inúmeras contribuições da Madalena na criação de uma iconografia própria. A Madalena Martins e o seu atelier criaram um traço muito particular e que surge de uma clara investigação na iconografia popular e muito sedimentada em raízes minhotas, desde os trajes folclóricos, os lenços, a joalharia ou ornamentação festiva. Este peso da tradição é condensado em formas contemporâneas e vivas. O atelier teve um importante papel na renovação imagética das Feiras Novas e todo o franchising sendo hoje um marca facilmente reconhecível fora de Ponte de Lima. Todo o grafismo desenvolvido pelo atelier tem perdurado desde então. Apesar de hoje ser algo bem assimilado pela população, esta renovação não aconteceu sem uma recepção pública com opiniões contraditórias. No entanto, a mascote das Feiras Novas é hoje um símbolo incontornável.
Das contribuições para a Autarquia posso citar como exemplos, o grafismo do autocarro oficial, o boletim municipal e toda a iconografia da Área Protegida das Lagoas.
Mas o traço de Madalena Martins e o seu atelier "Zain" ultrapassa a área geográfica de Ponte de Lima, sendo o seu trabalho facilmente reconhecido na cidade do Porto ou Lisboa. Deixo como exemplo o Cartaz de S.joão do Porto de 2005.

Lagoas

Cartaz S.João Porto 05

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"Lagoa"


A Câmara Municipal de Ponte de Lima colocará em funcionamento no próximo sábado a rede de bicicletas urbanas destinadas a turistas e munícipes. Os pontos de paragem localizados na quinta de Pentieiros, Centro de Interpretação Ambiental das Lagoas de S.Pedro de Arcos/Bertiandos e no Mercado Municipal da vila. É uma óptima iniciativa que vem dar seguimento a uma política ambiental e de salvaguarda da paisagem. Estes pontos de paragem fazem crer à partida que o percurso incentiva mais um conceito de passeio turístico junto às margens do que propriamente uma ideia de uso quotidiano dentro dos limites urbanos e maioritariamente usado pelos limianos. Já defendi neste blog a "contaminação" das ecovias pelos eixos urbanos estruturantes da vila como a Avenida António Feijó, Via Foral D.Teresa e até um percurso pelo Monte da Madalena. Desta forma é de salutar a operação que está sendo levada a cabo na Avenida António Feijó dotando-a com ciclovias devidamente separadas dos automóveis. Estas ciclovias juntar-se-ão à recente intervenção ribeirinha e a partir daqui directamente ligadas às ecovias.
No entanto, se na Avenida António Feijó o uso de tinta azul florescente serve bem os propósitos, o mesmo não acontece na Avenida dos Plátanos. É com indignação que vejo o mesmo tratamento sobreposto ao pavimento longitudinal desta alameda. Todo o enquadramento paisagistico é afectado de forma gravosa por este ruído no pavimento. Se por um lado a Avenida dos Plátanos é por si só uma larga "ciclovia" desprovida de trânsito automóvel e perfeitamente apta ao convivio saudável entre peões e bicicletas sem necessidade de uma marcação tão clara de separação, a existir deveria ter sido devidamente desenhada com materiais que se integrassem de forma saudável no conjunto. As ciclovias em centros históricos exigem um tratamento mais sensível. Será que veremos estas linhas a prolongar-se pela recente intervenção no Passeio e Largo de Camões? Porque não previu esta intervenção as ciclovias no seu desenho?

domingo, 19 de abril de 2009

Ponte de Lima 1963 (II)


Um outro areal que começa a apagar-se da memória colectiva...


Sequência de vídeo retirada do documentário da RTP sobre Ponte de Lima inserida na série "Terras de Portugal" de 1963.
Direcção e realização do jornalista limiano Reinaldo Varela.

Música: Max Richter - H in New England