terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Prémio Pessoa

Pavilhão do Conhecimento foto:psarq

Igreja de Portalegre foto:Fernando Guerra

Teatro de Poitiers foto:Fernando Guerra

Teatro de Poitiers foto:Fernando Guerra

Depois de Eduardo Souto Moura em 1998, o Prémio Pessoa volta a ser atribuído a um arquitecto, João Luís Carrilho da Graça. Este arquitecto nascido em Portalegre é um dos mais destacados arquitectos portugueses da sua geração e conta com obras em território internacional como o recente Teatro de Poitiers. A sua obra é marcada por uma enorme coerência formal e nas soluções adoptadas na resolução das questões programáticas inerentes a cada projecto. A simplicidade das formas, a elegância do desenho, a revitalização da tipologia pátio/claustro e o uso da cor na criação de jogos de luz são características da sua arquitectura. É o autor do Pavilhão do Conhecimento dos Mares na Expo 98 (actual Parque das Nações).

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

retalhos de uma rua




c



Retalhos da área circundante da Casa de Castro na freguesia de Ribeira. São aspectos da antiga via de ligação da vila a esta freguesia. A rua foi cortada com a realização da estrada nacional de ligação a Ponte da Barca. Actualmente o antigo casario que conformava esta via encontra-se em ruínas e ameaçado pela urbanização crescente que o rodeia.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O areal de Ponte de Lima



A futura intervenção no areal de Ponte de Lima tem sofrido recuos na vontade ou coragem política para a sua realização.

Este é um espaço singular e paradigmático no contexto urbano das cidades portuguesas na medida em que não é um rio "murado". Ponte de Lima é uma vila interior que tem um extenso areal fluvial com um carácter sazonal; sempre disponível para acolher uma cheia mais imprevista que a planura das margens não perdoam. Este facto tem condicionado uma intervenção mais ambiciosa neste espaço uma vez que a proposta terá de contemplar elementos de grande resistência e solidez às águas.
A realidade é que cada vez mais são raros os dias anuais em que o leito do rio se aproxima do paredão. O areal foi perdendo ao longo dos últimos 20 anos o seu carácter natural. Era um espaço que mediava com o espaço construído da vila num convívio perfeito entre a obra do homem e a obra da natureza. O próprio rio se encarregava de moldar as suas dunas. O povo gozava de um espaço único em pleno centro da vila onde a natureza se manifestava no seu estado mais puro ao ponto de ser vulgar animais como porcos ou ovelhas pastarem. O estado imaculado era apenas pontuado pelos desaparecidos estendais onde lençóis gozavam dos ventos norte que só um espaço despojado como o areal poderia oferecer. Era o espaço de banhos e lazer por excelência que qualquer cidade do interior gostaria de ter.
O areal assume-se como palco tradicional e essencial a eventos como as Feiras Novas, a Vaca-das-Cordas ou as feiras quinzenais. É um espaço que tem uma enorme capacidade para ser usado de várias formas sem que contenha em si algum tipo de atributo especial. No entanto a sua vocação como o grande estacionamento da vila por excelência tem sido acentuada e até defendida por muitos. Desta forma a areia foi sendo substituída por terra batida mais apta à função automóvel. Terra esta que nos meses quentes de Verão brinda com uma nuvem de pó os turistas que tenham a infelicidade de transitar no Passeio 25 de Abril sempre que um condutor tenta mostrar os seus dotes automobilísticos. Grandes rochas a travarem o avanço dos automóveis sobre o rio, carros estacionados sob os arcos da ponte medieval, linhas de árvores que pretendem criar alamedas paralelas às existentes (caso da Alameda de S. João) num claro esquecimento da essência original do areal e do seu enquadramento em toda a linha de paredão da vila. Tem havido uma necessidade de atribuir novas funções a um imenso areal quando a sua única função talvez se deva resumir à simples condição de existir. Todas estas intervenções terão sido feitas com boas intenções no sentido de dotar o areal com elementos que no futuro pudéssemos tirar partido como áreas de lazer. São soluções de compromisso que foram sendo tomadas enquanto o grande plano de organização do areal não gera consenso. Porém, é um tema que se foi acomodando depois de se ter abandonado o polémico projecto que visava construir um canal na frente ribeirinha; uma proposta desapaixonada e demasiado "construída" que quebrava com o gesto natural provocado pelo rio. A proposta de intervenção no areal é muito sensível e geradora de posições extremas por parte da população mas que se torna urgente num momento em que a ponte medieval começa a dar sinais visíveis de degradação e saturação consequentes do estacionamento abusivo.
Este imenso areal deve ser reforçado como tal e as intervenções no local não devem assumir-se como decoração paisagística. O areal deve continuar a ser eminentemente um areal. Pensar o areal como um espaço verde e ajardinado será como imaginar o Terreiro do Paço em Lisboa com hortas agrícolas num espaço que se quer como praça urbana. Mais do que marcar o lugar será mais oportuno saber interpretá-lo. A futura intervenção no areal deve caracterizar-se essencialmente por pequenos elementos visualmente silenciosos que permitam uma estabilização do pavimento para a organização saudável da feira e do espaço de estacionamento a existir. Um percurso pedonal poderá permitir um passeio mais próximo do rio e fixar a transição do areal no seu estado natural mais próximo do leito do rio com o espaço tratado da feira e estacionamento. No entanto toda a intervenção deve contemplar materiais análogos ao areal e obviamente preparados para um possível avanço das águas. Imagino que o segredo da proposta residirá no intervir parcamente e numa "limpeza" de todas as intervenções que se realizaram e que são estranhas à condição de areal. Julgo que com pouco se possa fazer muito. Os limianos não poderão perder a oportunidade de recuperar este fantástico elemento natural e tão identificativo de Ponte de Lima para se construir mais um jardim que em nada o distinguirá dos outros.
Em relação ao estacionamento no areal, a intervenção poderá contemplar a possibilidade de uma bolsa de estacionamento de lugares limitados e devidamente afastada de elementos como o rio e a ponte medieval para salvaguardar a sua protecção e enquadramento paisagístico.
O areal atinge o pico de estacionamento em meses de verão e fins-de-semana devido à afluência de turistas. Na generalidade esses mesmos turistas vêm cativados pela beleza da vila, pela gastronomia e são de provenientes de cidades onde o problema de estacionamento é bastante mais grave dentro do núcleo histórico durante os dias de trabalho semanais. Questiono-me se será desencorajador para este perfil de turista o estacionar durante um dia o seu automóvel no estacionamento da Guia ou no estacionamento de S. João e fazer o agradável percurso pelas alamedas presenteando-os com uma ponte medieval liberta de auto-caravanas em primeiro plano e um areal que encoraja a relação saudável com o rio.
publicado no Jornal Alto Minho 17/11/08

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A ruína dos Barbosa Aranha




A casa torreada dos Barbosa Aranha, edifício do século XVII e de forte presença na morfologia do centro histórico, encontra-se em avançado estado de ruína. Aqui ficam registadas algumas imagens...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Quarteirão

Interessante quarteirão no término da Rua da Fonte da Vila onde antigas casas modestas (possivelmente antigos caseiros) acoplam-se a um palacete que o remata com uma torre/miradouro num sentido piramidal.

Protocolo com a Universidade Católica


É uma boa notícia a assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Ponte de Lima e o curso de arquitectura da Universidade Católica. A vila , como objecto de reflexão por parte de alunos e apoiados por docentes de um curso de arquitectura será enriquecida com visões mais ou menos académicas ou desapaixonadas mas que poderão encerrar em si soluções interessantes para um urbanismo instalado e que está carregado de vícios e incongruências. Esperamos assim por propostas que consigam "coser" as várias zonas da vila de uma forma coerente e devidamente fundamentada.

domingo, 19 de outubro de 2008

skyline

Postal


Postal com foto provavelmente do princípio da década de setenta ou fins de sessenta. Apresenta como curiosidades o casario da vila a necessitar urgentemente de requalificação, a variedade cromática de alguns prédios e o extinto hábito da secagem de lençóis no areal pelos moradores próximos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Hotel da Guia (II)





Atempadamente foi disponibilizada na obra uma única imagem do futuro Hotel cuja construção está em curso a escassas dezenas de metros do conjunto patrimonial do Museu dos Terceiros e Teatro Diogo Bernardes.
Actualmente já é possível termos uma leitura volumétrica do edifício e seu impacto na envolvente. Independentemente da questão sobre o imbróglio negocial que atribuiu a este terreno capacidade construtiva, procurarei tecer algumas impressões sobre o projecto com base no que nos é dado a conhecer até este momento.
O projecto está a cargo de
Topos Atelier de Jean Pierre Porcher e Margarida Oliveira cuja obra tem forte presença em território limiano, sobretudo no Club de Golf de Ponte de Lima. É da sua autoria o loteamento deste empreendimento, o hotel, o clubhouse e diversas casas aí existentes. Considero a intervenção no Club de Golf notável pelo esforço impresso no sentido de integrar harmoniosamente um programa arquitectónico tão vasto com a paisagem. Esforço que tem sido reconhecido internacionalmente.
O Hotel da Guia segue a linguagem estética que este atelier tem vindo a desenvolver caracterizado pela acentuação de planos horizontais num contraste marcado de sombras. As formas pintadas de branco sob o sol adquirem um forte impacto visual mas que, assumindo essa contemporaneidade, também se adaptam bem ao casario branco da vila.
O corpo dos quartos volta-se para nascente, com varandas com vistas para a vila e perpendicularmente à avenida dos Plátanos. Apesar do edifício se aproximar do arvoredo, tem a vantagem de não cortar visualmente a vista sobre este para quem circula na via de acesso à vila. Este corpo dos quartos tem a particularidade de se "soltar" da cota da estrada demonstrando a vontade dos autores em suavizar a volumetria através da autonomização aparente das várias partes. O piso da entrada (foyer) é desmaterializado através da utilização de amplas superfícies vidradas e que faz a mediação entre o embasamento (que julgo ser estacionamento e serviços de apoio ao hotel). O embasamento será o elemento mais sensível do projecto e provavelmente o menos bem conseguido. Ocupa a totalidade do lote e o seu impacto para quem passeia sobre a avenida é inevitável. No entanto, parece haver uma intenção de relacionar-se com o estacionamento da Guia de uma forma que o apelidado "comboio" não conseguiu. Sendo uma intervenção sensível e que se adivinhava polémica, julgo que os autores souberam lidar com as condicionantes e o resultado final poderá transparecer alguma eficácia. É uma resposta arquitectónica que não oferece novidade, mas sim muita competência nos métodos utilizados para tornar a intervenção o mais "leve" possível.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

DomusModus

DomusModus é uma empresa que propõe um conceito algo diferente dos já vulgarizados conjuntos de moradias sob a designação de "Quinta de..", numa evocação respeitosa do anterior carácter do lugar, mas que não passa do próprio nome. O projecto da Lagoeira em Corvos - Ponte de Lima tem como lema o respeito pela paisagem e arquitectura rural fustigada nas últimas décadas. Estão previstas 5 moradias que aliam o conceito de inovação (através do uso de avançadas tecnologias construtivas e informáticas) e de respeito pela topografia e características rurais pré-existentes. Um novo caminho no mercado dos empreendimentos que poderá tornar-se uma referência.

A má notícia prende-se com o facto do Palacete Villa Belmira estar a servir constantemente de "painel" para publicidades diversas.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

arquitectura contemporânea em Ponte de Lima II

Duas Casas em Ponte de Lima
arq. Eduardo Souto de Moura






"Souto de Moura (...) acolhe a circusntância como nutrimento primordial e a diferença como princípio base da arquitectura."

Giovanni Leoni
in À procura de uma Regra, Eduardo Souto de Moura, GG, 2003



links:
el croquis

Centro Escolar em Calvão - Vagos




Concurso público para elaboração do projecto para o Centro Escolar de Calvão em Vagos 4ºclassificado. Projecto de António Ildefonso e André Rocha

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

arquitectura contemporânea em Ponte de Lima I

CASA JC - Ponte de Lima
arq. J.M. Carvalho Araújo



A casa é composta por dois corpos distintos, separando as áreas sociais das áreas privadas.
O volume principal acompanha a orientação do percurso existente de acesso ao terreno e encontra-se “cravado” ao terreno. Este volume é composto por um “corpo” em chapa metálica tipo “camarinha”, e uma grande superfície exterior tratada e pavimentada em madeira tratada que funciona como plataforma de chegada à cota 49.70m que continua no interior da casa até ao alpendre.
Ao volume principal anexa-se um corpo de menores dimensões que funciona como miradouro/torre de vigia onde se encontra o quarto/escritório.

fonte: Carvalho Araújo

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Arquivo fotográfico online




A faculdade de Engenharia do Porto disponibiliza
online um inventário fotográfico da cidade do Porto catalogado por zonas e que tem vindo a assumir-se como um importante instrumento de trabalho para arquitectos, engenheiros ou até para simples pesquisas académicas. Aqui está uma boa sugestão para o Arquivo Municipal de Ponte de Lima disponibilizar online todas as fotos antigas conhecidas da vila e dando a possibilidade do utilizador submeter e assim contribuir com fotografias não conhecidas que tenha em sua posse. Desta forma tornaríamos facilmente acessível a estudantes e a todas as especialidades que intervenham na paisagem limiana este importante acervo.

domingo, 24 de agosto de 2008

Hotel Guia



A construção de um hotel no antigo terreno correspondente à demolição do antigo Restaurante Tropical é para mim surpreendente quando julgava significar um ponto final na capacidade construtiva daquela área. Supostamente foi negociada uma permuta de terrenos com os empreendedores e desta forma a população saudou a preservação de uma paisagem que na época caracterizava-se pela horizontalidade dos antigos terrenos pertencentes ao Convento dos Terceiros, a linha de plátanos e a transição para as encostas do cemitério. O apelidado "comboio", pouco dotado arquitectonicamente, tinha a vantagem de localizar o seu maior indíce construtivo junto à estrada confrontante. Para suavizar o seu impacto negativo, e numa atitude de "limpar" o erro, foi levantada uma "muralha" de árvores esguias que o camuflassem; e que ridiculamente parecia a solução para todos os males urbanísticos.
Aparentemente a construção do hotel em causa aumentou a sua capacidade construtiva nesse lote, avançando sobre a Avenida dos Plátanos contrariamente ao inicial complexo da década de noventa. Esta situação da localização de dois equipamentos volumetricamente dispares faz questionar se não seria preferível a continuação do comboio, que concentraria num só volume adossado à estrada e com o devido afastamento da linha dos plátanos, do que a multiplicação de complexos construtivos que obviamente causarão mais ruído visual. No entanto não conheço o projecto do hotel. Espero que seja sensível às características paisagisticas e patrimoniais que o envolvem de forma a que seja um mais-valia para a vila, respondendo às novas exigências de alojamento turístico. Concluindo, que seja uma nova peça na paisagem limiana que consolide e identifique harmoniosamente a entrada na vila, sem necessidades de camuflagens futuras..

Santo Ovídio II







"Distinguem-se nos cumes dos montes, subsistindo porventura na devoção dos povos qualquer remota crença, herança dos seus antepassados pré-históricos; permanecem abandonados todo o ano, para no dia do seu orago se animarem com o festivo movimento dos peregrinos e entusiastas da paisagem, do espectáculo das gentes e do bom farnel"


Capela de Santo Ovídio em "Arquitectura Popular em Portugal", volume Minho-Douro Litoral

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ponte do Lima (1934)

Provavelmente este registo será conhecido de alguns historiadores limianos mas como não tenho memória da sua existência optei por divulgá-lo. Trata-se de um documentário sobre Ponte de Lima produzido em 1934 e que, segundo o pouco material disponível na web, foi enviado no ano seguinte para exibição em Angola. Julgo que o jornalista Reinaldo Varela produziu um documentário sobre Ponte de Lima duas ou três décadas depois. A existir em boas condições, julgo ser um importante e raro documento que poderá permitir visualizar a vila, suas gentes e modos de vida numa época ainda parca em registos áudio-visuais.

Links:

Cinema Português - cronologia 1935
The Internet Movie Database

sábado, 9 de agosto de 2008

Nova Biblioteca

O anúncio de uma nova biblioteca municipal para Ponte de Lima era algo que se fazia esperar nos últimos anos devido à constatação da exiguidade do actual edifício para as nova realidades. É uma óptima notícia sobretudo para as novas gerações que vivem numa sociedade da informação e Ponte de Lima, não sendo uma grande urbe, não poderá deixar de satisfazer as necessidades de um saber global.
A localização prevista, no local da actual escola primária, parece-me uma escolha certeira, localizando-se assim no eixo das escolas e simultaneamente fazendo charneira com o centro histórico. As novas bibliotecas municipais construídas nos últimos anos em cidades portuguesas são caracterizadas pela sua multi-funcionalidade assumindo-se como um pólo de dinamização cultural, abrangendo auditório para conferências, espaço exterior preparado para eventos, galeria municipal e cafetaria/Bar-concerto. Deixo alguns exemplos:



A 9 de Maio de 2005 foi inaugurado o edifício da nova Biblioteca e ”Centro Cultural”, da autoria do arquitecto Alcino Soutinho, passando assim a funcionar neste local a Biblioteca Municipal Florbela Espanca, a Galeria Municipal e o Arquivo Histórico. A transferência para este espaço permite oferecer aos utilizadores e funcionários da Biblioteca, espaço e condições de fruição dos serviços e de realização de outras actividades, e também de condições de trabalho que já se tinham tornando bastante limitadas no edifício do Palacete de Trevões. Assim, a Biblioteca Florbela Espanca, objectiva a adaptação a uma nova realidade, melhorando os serviços prestados à população e tornando-se o centro de uma rede concelhia, através do projecto de criação de pólos de leitura nas diversas freguesias, compromisso assumido com a assinatura do contrato-programa com o IPLB de apoio a construção e montagem da biblioteca.




A lindíssima biblioteca de Viana do Castelo, inaugurada em Janeiro de 2008 foi desenhada pelo arquitecto Siza Vieira junto ao Rio Lima e dotou a cidade de novas instalações bibliotecárias.
No piso superior da nova infra-estrutura ficam as três salas principais, designadamente a Sala Luís de Camões, voltada ao rio, que está apetrechada com uma mesa oval em bétula com 32,5 metros de perímetro.
Localizado no extremo nascente da nova Praça da Liberdade, a biblioteca é constituída por um volume elevado de cerca de 1850 metros quadrados, com um vazio central, no piso térreo, permitindo a vista sobre o rio Lima a quem se encontra a norte da estrutura obtida pela elevação do primeiro andar. Contempla uma sala de trabalho, secção multimédia, vídeo e áudio, várias zonas de leitura, uma área para o Centro de Informação e Documentação Europeia, e outra para auto-formação de adultos e aprendizagem à distância.
Os mais novos contam também com um espaço próprio, que não colide com a restante área de leitura, com uma sala do conto, atelier de expressão e zonas de leitura própria.



Projectada pelo arquitecto José Manuel Soares e inaugurada em 2001, a biblioteca municipal Almeida Garrett está inserida no espaço do Palácio de Cristal. Foi projectada para ter um ambiente informal e acolhedor que facilite a consulta e requisição dos livros. É um espaço de informação e lazer. A biblioteca tem várias secções em função das necessidades e interesses do público: infantil e juvenil, periódicos, leitura geral e, no piso inferior, a multimédia.
Por dia há uma média de 500 a 700 pessoas a frequentar a Biblioteca Almeida Garrett.
A maioria das pessoas procura livros. A biblioteca disponibiliza também 40 computadores para acesso à internet. Contém auditório para conferências.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O prédio mais estreito



foto: José Marinho (cerca de 1925)


A sina deste prédio recorda-me o drama do prédio mais estreito da Europa localizado em Lisboa e que, com o seu 1,60m entre paredes, não conseguiu escapar à sentença de demolição. Situado no quarteirão entre a Rua do Rosário e o Largo da Feira, este imóvel será o mais estreito proporcionalmente à sua altura dentro do perímetro do centro histórico. Esta singularidade era originalmente mais acentuada até à criação do Largo da Feira que, por volta de 1930, veio soterrar o piso térreo a todos os prédios voltados ao rio. Perdeu-se assim um dos acontecimentos urbanísticos mais interessantes da vila com um jogo de circulações desniveladas em que a ponte medieval ligava directamente ao Largo de Camões e paralelamente a este, o actual Passeio 25 de Abril processava-se sob a ponte medieval fazendo uma transição mais equilibrada para a Avenida de S. João. Uma forma mais inteligente de aproveitamento das potencialidades dos arcos da ponte; actualmente úteis simplesmente ao sombreamento de automóveis.

Tipologicamente este tipo de prédio de planta estreita, alongada e com vãos doseados constituem interessantes casos de estudo na forma como é resolvido o programa da habitação de carácter tão compacto e "ginasticado". Actualmente encontra-se em ruína.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

capela

Janela


após restauro

anterior ao restauro (reconstituição)


Este modesto prédio situado na Rua das Neves incluído no conjunto de protecção da Zona das Pereiras em Ponte de Lima foi alvo de uma recente intervenção que lhe minimizou certas características. Como é referido na obra "Ponte de Lima- Uma vila histórica no Minho" coordenado pelo Prof. Doutor Carlos Brochado de Almeida, este prédio tinha a singularidade de ter "reciclado" uma janela dupla de feição gótica, muito provavelmente de origem medieval, num aproveitamento de uma outra moradia ou igreja. O restauro optou por rebocar na totalidade as suas paredes exteriores, sobretudo a parede da janela gótica que era formada com pedra bem aparelhada (da qual não consegui obter uma foto antiga). A janela gótica sofreu um duro golpe quando adicionaram um beiral em pedra que escondeu os seus arcos quebrados. Procedimentos que nos relembram a urgência de uma protecção mais eficaz e prioritária para uma zona cada vez mais esquecida da vila.

domingo, 6 de julho de 2008

Maluda




A certa altura descobri esta serigrafia exposta numa feira de usados em Coimbra. Rapidamente reconheci Ponte de Lima nesta panorâmica. Assinado pela pintora Maluda (1934-1999), imaginei que pudesse pertencer a uma série dedicada a vilas e cidades portuguesas. No site dedicado à sua vida e obra podemos verificar as características desta serigrafia que foi executada em 1978. Pertence à série "Paisagens 1976-1980"

Sobre Maluda:

Os quadros que pintava eram baseados principalmente nas cidades , nomeadamente na pintura de paisagens urbanas, janelas e vários outros elementos arquitectónicos. A notoriedade das suas obras pictóricas aparentemente mais simples (algumas utilizadas em selos oficiais por encomenda dos Correios portugueses), ao mesmo tempo que a promovia a uma das mais populares pintoras portuguesas das últimas décadas do século XX artístico português, também teve o efeito negativo de encobrir uma vasta obra de criação gráfica mais complexa.

Na sua carreira, Maluda efectuou 24 exposições individuais e está representada em vários museus, entre os quais os da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Cultural de Belém mas também em várias colecções particulares em Portugal e noutros países.

fonte: wikipedia

sábado, 28 de junho de 2008

Creche na cidade de Prato-Itália






A Câmara Municipal de Prato (próximo da cidade de Florença) lançou um concurso público aberto a arquitectos profissionalmente qualificados de países da Comunidade Europeia que visava escolher dois projectos preliminares para duas creches a localizar em duas zonas distintas da cidade (Ponzano e Galcetello). Foram recepcionados 212 propostas, 136 para a zona de Galcetello e 76 para a zona de Ponzano. O júri foi presidido pelo arquitecto Herman Hertzberger. André Rocha e António Ildefonso alcançaram o terceiro prémio para o terreno em Ponzano.


links:
http://www.comune.prato.it/gocivic/?act=f&fid=2342
http://www.archiportale.com/News/schedanews.asp?idDoc=12089&IDCAT=37