sexta-feira, 9 de maio de 2008

Ruína


Este interessante prédio na Rua do Postigo, provavelmente o mais antigo da rua como denuncia o rés-do-chão em pedra com um alinhamento de rua anterior ao actual e o balcão dos pisos superiores avançando em madeira sobre o passeio, começa a dar sinais de ruína eminente. Esperemos que um dos poucos exemplares de arquitectura em madeira existentes no centro histórico não desapareça irremediavelmente.

3 comentários:

trigalfa disse...

A propeietária deste prédio, irmã do ex-vereador Álvaro Matos, tem um projecto na Câmara Municipal já com aval do IPPAR e aguardando a resolução dum litígio sobre o pagamento de taxa de aparcamento devido a não ter garagem. Era bom saber pormenores do projecto e já agora que a Câmara decidisse abolir essa taxa para os prédios no Centro Histórico os quais não têm quaisquer hipóteses de construir uma garagem própria.

JoCaBraGo disse...

São criadas dificuldades imensas a quem pretende recuperar imóveis no centro histórico, sendo muitos os exemplos de imóveis degradados no seu perímetro.
Este é um caso evidente em que a burocracia e os entraves aos proprietários podem deitar tudo a perder.

andré rocha disse...

de facto é uma contradição esta taxa quando foi feito um esforço de pedonalizar o centro histórico e portanto tornar prioritário o acesso apenas a cargas e descargas de mercadorias. Para além disso, tipologicamente os prédios do centro histórico não tinham originalmente garagens até porque na época o automóvel ainda não era uma realidade. Poderiam ter apenas armazéns no rés-do-chão como é este caso. A criação de garagens em prédios do centro histórico afecta gravemente o desenho de fachada com soluções de alargamento de portas ou através da unificação de duas portas.Burocracias que a meu ver atropelam estratégias para o centro histórico que pareciam já bastante amadurecidas.