segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Empena no Passeio 25 de Abril
Até ao início do séc.XX, anteriormente ao rompimento da rua Cardeal Saraiva em direcção ao rio, a fachada de prédios entre as duas torres medievais era continuo. Para concretizar este plano urbanístico um prédio do passeio foi demolido e a Misericórdia perdeu o seu claustro para além do realinhamento completo de algumas edificações confrontantes com a rua Cardeal Saraiva.
Focando-nos no Passeio 25 de Abril, o vazio consequente da demolição do dito prédio foi consolidado do lado esquerdo com um prédio que faz esquina para a rua Cardeal Saraiva. Do lado esquerdo manteve-se um troço do muralha exposta e a empena do actual Restaurante Parisiense que confrontava com a demolição numa situação de "não resolução".
Entretanto desenhou-se um pequeno recanto de homenagem a Teófilo Carneiro. A situação desta alta parede agravou-se quando foi apeado o "Chorão" que dava sombra ao local mas ocultava a muralha. Julgo que esta empena tem um protagonismo desinteressante no conjunto ribeirinho, sem um tratamento que a valorize.
Como referência exponho uma situação semelhante na Ribeira do Porto. Nos anos 40 algum tecido urbano da Ribeira fora demolido numa campanha do Estado Novo que queria modernizar aquela zona da cidade degradada e higienicamente reprovável. Nesta operação encontramos um prédio que ficou com uma empena confrontante com prédios demolidos exposta. Através de um tratamento cromático e de texturas escalonadas pelos vários pisos esta fachada integra-se de forma satisfatória anulando o desinteresse e excessivo relevo que tal fachada poderia ganhar na morfologia urbana.
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1 comentário:
Concordo e penso que o local referido deveria merecer uma intervenção. Aproveito a oportunidade para manifestar a minha concordância com a ideia expressa no Jornal Alto Minho, no artigo "Duas realidades em Ponte de Lima", sobre o qual fiz curta referência no meu blog.
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